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O Tempo perguntou ao Tempo - Qto Tempo o Tempo tem? O Tempo respondeu - O Tempo tem de Tempo qto o Tempo tem.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

O meu Sol...

Apareceu de noite, e iluminou a minha vida…

Nós temos ideias pré concebidas e completamente ignorantes, não sei se é da idade ou mesmo ignorância pura e falta de querer ultrapassar esta ignorância, digo isto porque quando nós nos vimos a primeira vez ele estava de carro sozinho. Fomos apresentados por um amigo comum, que já me tinha falado dele e eu não dei muita importância devida talvez à minha suposta arrogância que uma pessoa na condição dele não teria muito significado para mim, talvez fosse bom beber um copo com ele, dar dois dedos de conversa e depois seguir em frente sem dar muita importância, mas não foi isso que aconteceu, e ainda bem…

Quando penso nele, o meu primeiro pensamento é se realmente Deus existe e se ele é inteiramente justo, porque um jovem de 18 anos não devia ter de passar por aquilo que ele passou, ainda mais na situação que foi e as consequência que isso trouxe na vida futura dele, a nossa diferença de idade não é assim tão grande, pouco mais de uma década, mas com a experiência de vida dela no inicio isso foi um dos obstáculos, também certas ideias pré concebidas dele, ajudaram a eu de ter de ultrapassar muitos obstáculos.

Depois do nosso primeiro encontro, vieram as perguntas da minha parte, a incredibilidade de toda a situação, daí eu falar na ignorância, e toda uma aceitação de uma nova situação que eu me tinha deparado, gostei dele no primeiro olhar, não sei se era do sono ou se da fraca iluminação do carro, mas que houve uma faísca que se soltou e que não pode ser ignorada, foi combinado o nosso primeiro encontro, e posso dizer que foi fantástico depois de cinco minutos de conversa já nem dava por Ela estar lá e para mim ele era uma pessoa normal como qual quer ser humano que nós nos cruzamos na rua, e com um sentido de humor muito apurado que descontrai qualquer pessoa e tem conversa para hora, eu que até sou um pouco “bicho-do-mato”, dei por mim a conversar com ele e o tempo a passar sem dar por ele, mas ele diz que não me perdoa porque não o cumprimentei com um beijo quando fomos apresentados, estendi a mão e ele não gostou.

Depois vieram as férias e o consequente afastamento, que primeiro pensamento foi de ter de o ver novamente, quando penso nisso a minha primeira reacção é um grande sorriso nos lábios, porque hoje ele não faz isso, manda-me desenrascar, eu na altura morava a cerca de 40 km do meu local de trabalho, e durante essa semana ele tinha que ir a uma oficina que ficava perto da minha casa, como se não houvesse oficinas na zona dele, mas eu incrédula acreditei no inicio, e o resultado dessa boleias era atrasos para jantar e no mínimo duas horas de conversa, no final de semana fomos jantar e depois os primeiros avanço, ainda penso quem deu o primeiro, quem sabe se não terá sido ele, aquele beijo de despedida na cara que virou o nosso primeiro beijo, sem falarmos das consequências dele eu saí do carro e nem disse nada.

O início foi um pouco conturbado, porque foi feito de enumeras perguntas internas dos dois e pequenas conquistas de minha parte, uma grande luta da minha consciência e um grande crescimento interior. Uma dessas perguntas foi o que uma rapariguita no início dos vintes quereria com um homem trintão e na situação que estava, se me iria adaptar bem à situação ou se quando não aguentasse como iria acabar com tudo sem ninguém sair magoado?...então foi efectuado um contracto silencioso, vivia-se um dia de cada vez e quando um não estivesse bem devia falar com o outro e tentar ultrapassar a situação ou então cada um seguia o seu caminho.

Esse contracto ainda está vigente, com mais uma ou outra cláusula, entretanto foi efectuado um contrato escrito.