Sol com Venus

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Localização: Lisboa, Portugal

O Tempo perguntou ao Tempo - Qto Tempo o Tempo tem? O Tempo respondeu - O Tempo tem de Tempo qto o Tempo tem.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Prazeres...

Um dos meus prazeres da vida é cozinhar, fazer pratos um pouco elaborados e de preferência para um grupo de amigos.
Na casa dos meus pais, a meu pedido, foi construída uma cozinha rústica com fogão de lenha, forno de lenha e uma lareira para se poder fazer grelhados, onde passo o meu fim-de-semana a cozinhar, o fogão de gás fica para durante a semana que não tenho tanto tempo livre e quem mora num apartamento também não pode ter essas mordomias.

Ontem convidei um casal de amigos para ir jantar lá a casa, e a ementa foi de entrada umas gambas ao alho e paté de gambas; prato principal uma massada de gambas acompanhada por um vinho branco seco leve muito gelado; como sobremesa um doce frio de leite condensado, natas e bolacha, é rápido de fazer e delicioso que faz jeito quando tem de se improvisar uma sobremesa, para terminar um café feito à moda antiga nas cafeteiras de balão com um digestivo, conforme o gosto, a acompanhar.

Gosto de por uma mesa a preceito, ponho sempre a minha toalha de linho, herança da minha tia, um dos meus serviços de jantar, os copos de cristal, os talheres correspondentes aos diversos manjares que iremos saborear, velas perfumadas, os manjares são sempre servidos nas respectivas travessas, não gosto de servir nos utensílios de foram confeccionados.

Em relação à utilização das minhas loiças de maior valor, eu gosto de utilizar tudo, tenho algumas coisas, muitas a dobrar e de certeza que já utilizei tudo, não gosto de deixar nada de lado, se um dia partir alguma coisa, o que acontece de vez em quando, paciência sempre serve de desculpa para se poder renovar alguma coisa que não se gosta ou que até não nos importamos de substituir, porque quando se tem uma família que começou a fazer o enxoval aos cinco anos, existem peças que definitivamente já passaram de época, e muitas coisas tenho oferecido para a festa anual, porque se não utilizar quando tenho estes convívios quando irei utilizar, talvez nunca, como as nossas mães que têm as coisa e não utilizam com o medo de partir porque custaram muito dinheiro e então tem de guardar, para quem?, para os filhos ou netos que não gostam porque hoje em dia existem coisas mais bonitas e gostam de usar coisas novas, não ligando à coisas das nossas mães.

Quando cozinho não gosto de estar acompanhada, gosto de fazer tudo sozinha apesar do meu sol gostar de dar palpites, mas como eu faço sempre ouvidos moucos, até se torna divertido, ele diz uma coisa e eu faço outra completamente diferente, mas isso é feitio, eu faço tudo à minha maneira, eu posso ver uma receita num livro mas tenho de alterar sempre alguma coisa, ou acrescento um ingrediente ou mudo a maneira de confeccionar o prato, até hoje ainda ninguém se queixou dos meus cozinhados, quando à convívios deste eu sou sempre a cozinheira de serviço porque sabem que eu adoro cozinhar, só tenho de perguntar quais são os ingredientes que depois eles comem o resultado, já aconteceu não sair perfeito, na próxima fica melhor, e nunca faço o mesmo prato igual, porque muitas vezes me esqueço o que acrescentei na vez anterior.

Foi um bom serão, tenho de repetir mais vezes…

Até à próxima…

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Bom fim de semana

É sexta-feira o melhor dia da semana..
Vou passear muito, vou perder-me na Serra de Sintra, espero o passeio não seja igual ao ultimo efectuado na zona, vim de lá liza, tudo o que estava dentro do carro foi robado e ainda por cima a nossa PSP, a policia e não o jogo, não quis aceitar a queixa, pequenas coisa do nosso cantinho plantado à beira mar, hoje até acho engraçado mas na altura se podesse tinha batido no policia, mas temos a GNR que ainda pode ser ultil em algumas situações.

Vou almoçar para os lados de Colares e no fim do dia deleciar-me com os traveseiros da piriquita, o meu sol só me dá autorização para comer um, mas eu vou fazer birra e quem sabe se não trago uma caixa para casa para tirar a barriga de miseria.

Um bom FDS a todos e passeiem muito...

Até à proxima

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Começar de novo...

Hoje acordei com um novo animo, estou pronta para a minha batalha, vou marcar uma nova consulta, obter uma nova opinião e seguir em frente…

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Recordações...

Se recordar é viver
Vive e recordaras
Esquece quando eu te esquecer
E jamais esquecerás

Este pequeno verso faz parte dum conjunto de versos da minha adolescência, era um exercício que nós fazíamos nas aulas quando não ligávamos ao que o prof. dizia .

Ontem tive de ir buscar umas coisas ao sótão, e numa das caixas encontrei o meu diário, já não me lembrava que o tinha, mas que me trouxe enumeras recordações, e é isso que eu quero falar hoje.

A primeira recordação é da minha bisavó, sentada na ombreira da porta ao sol, não devia ter mais de dois anos, porque ela morreu tinha eu 3 anos, a seguinte é as cheias de 1979, tinha eu na altura 4 anos, foi na altura que eu me mudei do Cacém para Azambuja, e lembro-me de se andar de barco na estrada nacional, de ir buscar agua ao carro dos bombeiros com o meu irmão e de terem acordado o meu pai para ir por o carro na parte alta da vila porque as aguas estavam a subir.
As recordações seguintes que eu possa dizer que me marcaram foram talvez o meu primeiro convite para dançar num baile de final de período da escola, ainda me lembro da música e com foi feito o pedido, um piscar de olhos, uma hesitação da minha parte e a confirmação da parte dele, uma conjunto de musica calma sem uma palavra, só meses mais tarde é que eu fiquei a saber o nome dele, ele já não estudava na minha escola, a primeira musica foi “Classis”, ainda hoje quando oiço a musica me lembro disso, a seguinte recordação é a viagem de finalistas à terra do bebe e dorme, isso mesmo, eu também fui lá e vou tentar não voltar lá novamente, a viagem foi fantástica, a terra é que é horrível, devo ter sido das poucas pessoas que não cometeu excessos na viagem, talvez porque alguém tinha de levar o resto do pessoal para o hotel, mas visitas ao posto de saúde por álcool em excesso e insolações também houve.

Mas talvez a recordação que eu tenho mais querida, foi a primeira vez que visitei a terra do meu marido, vou descreve-la um pouco, uma aldeia pequena, (cerca de 50 habitantes, se imaginarmos que cada casa mora uma média de 7 pessoas) perdida no meio da serra que rodeia Viseu mesmo no fim de um vale, com uma rua com um nome muito interessante, “Rua do volta a traz” traduzindo é um beco, uma ermida muito antiga e muito bonita com direito a três dias de festa anual composta por procissão, baile nocturno e leilão de fogaças, a estrada de entrada na aldeia é a de saída e um largo para se poder dar volta ao carro para ir embora, isto para uma lisboeta a primeira impressão era que tinha ido parar a uma outra dimensão, ou então tinha voltado à idade da pedra, porque também existem os carros de bois, não havia um café, ainda hoje não tem nenhum ou uma pequena loja de comercio, essa modernidades ficam a cerca de 5 km numa estrada cheia de curvas, mas já me estou a divagar, voltando ao que interessa, fomos visitar uma tia dele, que tem a bonita idade de 86 anos, que todos os sábados cozia, ainda hoje o faz, pão de milho, e como era a minha primeira visita fazia para o lanche Bola, mas qual não foi o meu espanto, ainda hoje tenho a imagem gravada na memoria e o meu pensamento, que ela pôs o pão no formo e mandou um dos netos buscar bosta de vaca, isso mesmo, para vedar o forno, o meu primeiro pensamento foi, como é que eu vou conseguir comer o pão depois de ter visto ela fazer aquilo, claro que ela não mexeu a massa com as mãos sujas, só mexeu na bosta depois do pão estar no forno, mas mesmo assim eu estava toda arrepiada, no fim do pão sair do forno foi posto na mesa, e eu continuava a pensar naquilo, como eu ia experimentar o pão, eu adoro pão de milho, mas depois de uns momentos de hesitação lá me enchi de coragem e comi, e o que eu posso dizer é que todas as vezes que vamos a casas da tia dele eu peço sempre para ele fazer a Bola, sou fã, hoje já não faz como fazia antes, também já não tens vacas, mas é simplesmente divinal.

Até à próxima…